Na tarde desta terça-feira do dia 5 de maio de 2020, o Presidente Bolsonaro, mostrou a alguns jornalistas, uns trecho de uma troca de mensagens dele com o ex-ministro Sergio Moro, por aplicativo de celular, para comprovar que ele não estava tentando interferir na Polícia Federal (PF). Logo após, ele também disse que o ex-ministro divulgou informações reservadas do governo para a imprensa. Sabe que, Sérgio Moro deixou o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública sob a justificativa de que o presidente estaria tentando interferir na Polícia Federal, com objetivos políticos. "Sergio Moro foi correndo entregar o telefone para a Globo. Inclusive, ele tinha peças de relatórios pessoais de coisas que eu passava para ele. Entregar para a Globo isso? Isso é um crime federal, talvez em curso na Lei de Segurança Nacional", afirmou o presidente na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente.
Bolsonaro se referia a uma troca de mensagens revelada pelo ex-ministro ao Jornal Nacional, da TV Globo, no último dia 24 de abril. Razão que, de acordo com a reportagem da emissora, o presidente teria enviado uma matéria do site O Antagonista para o ex-ministro para justificar o pedido de troca de comando da Polícia Federal. A matéria do site falava sobre a investigação, em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), de "10 a 12" parlamentares aliados do governo.
" Isso a reportagem realmente eu passei pra ele", disse o presidente. Em seguida, ele mostrou parte da troca de mensagem entre os dois na qual Sergio Moro classifica como "fofoca" a notícia sobre a investigação de parlamentares aliados do presidente. "É sinal que ele teve acesso ao processo, e diz que é fofoca", acrescentou o presidente.
Bolsonaro disse também que o ex-ministro vazava informações que poderiam ter caráter confidencial. "Eu confiava nele, tanto é que passava passava extrato de informações com chefes de Estado e com inteligência de fora do Brasil".
O presidente voltou a afirmar que não tentou interferir na PF em nenhuma hipótese. Segundo ele, na última reunião de ministros com a participação de Sergio Moro, no dia 23 de abril, ele cobrou relatórios de inteligência de todas as forças de segurança do governo, não apenas da PF.
" Eu cobrei do serviço de inteligência da Aeronáutica, da Marinha, do Exército, da Abin [Agência Brasileira de Inteligência. Cobrei da Polícia Federal, relatórios de inteligência. Eu cobrei de público, tinha uns 20 ministros presentes, mais presidentes de bancos. Cobrei relatórios de inteligência, para que eu quero relatório de inquérito? Minha vida esta aí à disposição de vocês. Não tem acusação de corrupção contra mim". Ressaltou o Presidente.
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