O presidente Lula parece, ou finge não ver, mas as coisas estão desandando e as pesquisas apontam para desaprovação maior do que aprovação já nas próximas rodadas, com queda de popularidade nos diferentes segmentos. Fazer mea culpa não é e nunca foi seu forte, mas cadê o decantado faro político, a perspicácia e o carisma de Lula? Está sempre sério, mal-humorado, com declarações recheadas de erros, não só de comunicação, mas de informação e compreensão do mundo.
O que Lula e o Brasil ganham com sua teimosia em negar o óbvio, que Nicolás Maduro é ditador, a Venezuela está em frangalhos e os venezuelanos vivem no pior dos mundos? A líder oposicionista Maria Corina, impedida de disputar as eleições de julho por instituições viciadas, cobrou duramente a posição dele. Lula deu de ombros: “Eu não fiquei chorando quando não pude concorrer”. E, depois de relativizar o conceito de democracia, agora avaliza a lisura das eleições convocadas por Maduro, sem que se saiba com base em quê.
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