O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho se manifestou pela primeira vez desde sua prisão em Assunção (Paraguai), em 4 de março. Em entrevista ao jornal local ABC Color, publicado nesta segunda-feira (27), ficou surpreso ao descobrir que a documentação que usava ao entrar no país era falsa, o que o levou a ser preso junto com seu irmão e empresário Roberto de Assis Moreira.
“Desde que isso aconteceu, a intenção foi colaborar com a Justiça para esclarecer isso. Até hoje, explicamos tudo e facilitamos o que a Justiça nos solicitou. Foi duro, nunca imaginei que fosse passar por uma situação assim”, disse Ronaldinho ao jornal.
De acordo com um ex-atleta do Grêmio, Flamengo, Atlético-MG, Fluminense, Paris Saint-Germain (França), Barcelona (Espanha) e Milão (Itália), a viagem a Assunção foi para lançar um cassino on-line e o livro "Craque da Vida", o último durante um evento organizado por uma empresa que estuda trabalho no Paraguai. Ronaldinho disse que tudo o que ele e Assis fazem "decorre de contratos gerenciados por meu irmão [seu representante]".
A promotoria paraguaia após prender os irmãos pediu uma investigação mais aprofundada do caso, acreditando que eles poderiam participar do processo de lavagem de dinheiro envolvendo a empresária Dalia López, acusada de peculato de US $ 10 milhões, e que os convidou para ir ao Paraguai. Ela foi presa em 7 de março e foge desde então.
Em 7 de abril, Ronaldinho e Assis se mudaram para o regime familiar e moram em um hotel em Assunção, onde permanecerão até o final da investigação. Um ex-jogador da seleção brasileira atende às expectativas de retornar ao Brasil:
“Tenho fé. Esperamos que possam confirmar tudo o que declaramos sobre nossa posição no caso e que possamos sair dessa situação o mais breve possível. A primeira coisa que farei [quando voltar] é dar um beijo em minha mãe. Ela vive dias difíceis desde o início da pandemia de covid-19 em casa. Depois, será absorver o impacto que essa situação gerou e seguir adiante”.
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